A medicina brasileira tem boas notícias para milhares de pessoas: o número de pacientes com HIV diminuiu e os novos diagnósticos devem continuar diminuindo nos próximos anos. O investimento do Ministério da Saúde em parceria com governos estaduais e municipais para disponibilizar o tratamento gratuito para portadores da doença tem surtido efeito positivo.
Quase quatro décadas após os primeiros diagnósticos da doença, os rankings mostram que o preço alto pago pelos pacientes das décadas passadas, está sendo compensado com informação e atendimento gratuito aos pacientes de hoje.
Logo quando a doença começou a ser divulgada, nem mesmo a medicina mundial tinha muitas respostas sobre ela. Ter HIV ou Aids era como assinar o próprio atestado de óbito. Os coquetéis consumidos hoje pelos pacientes, não existiam entre as décadas de 80 e 90 e por conta disso, muitos morriam pouco tempo após o diagnóstico, inclusive pacientes com elevado poder aquisitivo, pois não se encontrava tratamento em lugar algum.
Além disso, hoje também existe o PrEP, ou profilaxia pré-exposição, que se trata da ingestão medicamentosa de remédios que previnem a doença, podendo ser consumido por vítimas de violência sexual, pessoas com parceiros desconhecidos ou que foram expostas ao vírus de alguma forma, como funcionários da área de saúde que tiveram algum acidente com seringas de pacientes diagnosticados com HIV. Esse remédio possui até 90% de eficácia para impedir que o vírus se desenvolva no organismo da pessoa.
Hoje, além do tratamento gratuito, também há informações sobre as formas de contagio, através da educação, imprensa e internet. Mas ainda há muito o que melhorar. Apesar de todo o investimento, municípios mais afastados e pobres acabam possuindo pouca infraestrutura, o que pode afetar a vida de munícipes que dependem exclusivamente do SUS e não possuem um hospital ou ambulatório médico próximo de sua casa ou cidade.
Para acabar de vez com a doença, o Brasil e o mundo dependem de três importantes fatores: a colaboração da população na prevenção, investimento para atender 100% da população doente e a criação de vacinas e medicamentos que curem os enfermos e evitem a doença em pessoas sadias.